segunda-feira, 14 de março de 2011

A psicologia dos Cards

O que faz dos cards games jogos tão atraentes? Como é possível tamanho estrondo, numa área onde parecia não se haver mais nada de novo para se inventar, e todas as inovações de um mesmo tema? Como esses jogos tão recentes conseguem ameaçar o reinado dos RPGs, que existem há mais de vinte anos? E como surgem os “viciados’’, verdadeiros fanáticos obcecados em obter cartas?
Em primeiro lugar, card games são coleções. Muita gente tem nessecidade de colecionar alguma coisa, por dois motivos básicos: indentidade e superioridade. Identidade pois, tendo uma coleção só sua, a pessoa acredita que é diferente e especial – pois possui algo que ninguém mais tem. Superioridade porque, se alguém tem um emprego pior, um carro mais velho e uma namorada feia, mas ainda assim possui uma coleção de selos maior que as demais, então é superior em alguma coisa. Essas parecem ser as razões psicológicas que levam alguns colecionadores ao “vício’’, perceguindo e negociando cartas como se nada importasse.
Outra razão é o fato dos card games serem jogos em que, ao comtrário do RPG, existem vencedores e perdedores. O ser humano, que é extremamente competitivo por natureza, está sempre tentando provar que é melhor do que o próximo – de qualquer maneira que funcione. Levando isso em conta, pode-se chegar a uma ambição parecida com a indentidade e superioridade já citadas, em que alguém inferior nos padrões comuns de comparação (beleza, inteligência, riqueza....) pode vencer outro; basta ter um baralho melhor que o do adversário. Isso cria um novo padrão através do qual as pessoas comparam, principalmente dentro de grupos seletos de jogadores, quem possui o melhor baralho.
     Calma lá, ninguém aqui está afirmando que todos os colecionadores de card games têm problemas de auto-afirmação. Quem joga há algum tempo e freqüenta os points certos, contudo, certamente conhece dois ou três sujeitos assim ( esperamos que não seja você).
     O conteúdo acima foi escrito por MXYZPLK e PALADINO para a revista Dragão Brasil Especial Nº2 lançada pela Trama Editora. E o crédito é todo deles.

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